Ao contrário das temporadas anteriores, Santa Cruz se apresenta depois dos rivais, mas de olho no bicampeonato
Soava como um castigo. Na essência, era uma forma de aproveitar a ausência de competições para tentar surpreender os rivais. Desde a sua queda para a Série D, em 2008, o Santa Cruz deu início à preparação para o Campeonato Pernambucano bem antes de Náutico e Sport. Uma situação bem diferente da atual. A temporada 2012 começa nesta segunda-feira para os corais, às 15h. Com atraso em relação a alvirrubros e rubro-negros, em plena atividade desde a semana passada.
O histórico mostra que a antecipação não representa, necessariamente, uma vantagem. Principalmente quando falta planejamento. A temporada 2009, por exemplo, começou para o Santa Cruz em novembro de 2008. A vantagem de quase dois meses sobre os rivais pouco deu resultado. O time até “endureceu” alguns clássicos, conquistou com tranquilidade a vaga na Série D, mas foi só. A falta de continuidade no trabalho e de qualidade no elenco levaram à eliminação na primeira fase da quarta divisão nacional.
O ócio levou o Santa Cruz a participar da Copa Pernambuco com a sua “força total”. E a voltar mais cedo ao batente para a temporada seguinte. Em 10 de dezembro de 2009 os jogadores se reencontravam, já corriam em volta ao gramado e davam entrevistas prometendo um ano de redenção. Balela. O time penou no Estadual. Sofreu para conseguir a vaga na Série D e, mais uma vez, viu o sonho do acesso terminar precocemente.
Sem competições oficiais e com mais uma ferida para curar, o Santa Cruz apostou novamente numa preparação antecipada. A temporada 2011 começou no Arruda em 6 de dezembro de 2010. Quase um mês antes do Sport, que voltou a trabalhar em 4 de janeiro do ano passado. Desta vez, no entanto, deu certo. Menos pelo tempo, mais pelo planejamento traçado e comprometimento de todos.
Até porque o início precoce acabou refletindo negativamente no fim da temporada. Quando entrou na fase de mata-mata da Série D, o Santa era uma equipe bem diferente daquela do início do ano, apesar dos nomes iguais na escalação - com algumas exceções. O desgaste físico contribuiu para a queda de rendimento. Principalmente porque os atletas contratados após o Estadual, numa tentativa de revigorar o elenco, não apresentaram o desempenho esperado.
O Santa Cruz cambaleou, mas conseguiu o seu objetivo principal. Como recompensa, os jogadores ganharam um tempinho a mais para descansar. O recesso de quase dois meses termina hoje, com a certeza de que os jogadores terão muito menos tempo para se preparar fisicamente para o Estadual. Com a expectativa de que o “gigante”, após despertar do seu sono de quatro anos, volta revigorado. Afinal, foi apenas um descanso. Um merecido descanso.
Elenco
Os remanescentes
Goleiros
Tiago Cardoso (27 anos)
Diego Lima (25)
Cley (22)
Marlon (20)
Zagueiros
Leandro Souza (25)
André Oliveira (32)
Éverton Sena (20)
Renato Camilo (18)
Laterais
Eduardo Arroz (30)
Dutra (38)
Volantes
Chicão (30)
Memo (23)
Léo (24)
Mael (27)
Meias
Weslley (29)
Renatinho (20)
Natan (21)
Jefferson Maranhão (18)
Thiago Henrique (22)
Atacantes
Flávio Caça-Rato (25)
Paulo Renê (22)
Os 7 reforços
Zagueiro
Diego Gaúcho (30)
Lateral-direito
Anderson Maizena (27)
Volante
Sandro Manoel (23)
Meias
Luciano Henrique (33)
Branquinho (22)
Atacantes
Geílson (27)
Alex Pires (20)
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